PLANTAS ESTRESSADAS


VOCÊ SABIA QUE AS PLANTAS TAMBÉM FICAM ESTRESSADAS?
 
P
ronto! Bastou ler a pergunta do título para você imaginar uma piadinha do tipo: “O cravo virou para a rosa e disse: -- Hoje foi um dia daqueles. Um estresse só!” Por mais que possa soar engraçado, saiba você que as plantas ficam estressadas mesmo.  A razão pode ser o solo, o clima ou outros seres vivos.
    Mas vamos começar do começo. Você sabe de onde vem o estresse? Ele é causado por um fator externo que exerce alguma influência desvantajosa sobre o organismo. Tem gente que sofre de queda de cabelo, insônia, dor no estômago e outros desequilíbrios físicos quando vivem situações estressantes. As plantas, embora não se queixem, têm reações que os botânicos classificam como típicas de estresse. Como eles sabem disso? Ao observar a tentativas delas de se adaptarem a situações extremas.
    Para aguentar o estresse de viver em um solo extremamente seco, por exemplo, plantas do deserto e da caatinga são capazes de armazenar, no caule e nas folhas, a pouca água que lhes chega na tentativa de se manterem vivas. Já as plantas que ocorrem em ambientes próximos ao mar ou manguezal, cujas raízes absorvem grande quantidade do sal presente no solo, desenvolve meios de filtrar ou eliminar o excesso de sal para não se intoxicarem. Se você reparar em algumas plantas do manguezal, verá folhas com vestígios do sal eliminado.
    Geadas também são situações causadoras de estresse, porque o frio pode fazer com que a água que circula dentro da planta congele, queime seu caule e suas folhas. Para reverter esse quadro, algumas plantas têm a capacidade de produzir substâncias que não deixam a água congelar, permanecendo vivas durante o inverno.

    Viu?! Assim com qualquer ser vivo, as plantas também enfrentam estresses ambientais que resultam em reações em seu organismo.
Então, da próxima vez que lhe pedirem para regar as plantas do quintal ou da varanda, não deixe para outro dia. Afinal de contas, ninguém quer ter uma samambaia murcha de estresse, não é?



Escrito por: Marcelo Guerra Santos,
Núcleo de Pesquisa e Ensino de Ciências,
Faculdade de Formação de Professores,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Revista Ciência Hoje das Crianças


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